Em visita nesta quarta-feira (2) as obras da ponte Juscelino Kubitschek,
em Teresina (PI), o governador Wilson Martins (PSB) confirmou a saída
do PT e PTB da base governista e criticou o senador Wellington Dias
(PT), pré-candidato a governador, sobre a decisão de se aliar ao senador
João Vicente Claudino (PTB).
Wilson Martins explicou que ainda não conversou com o senador Wellington
Dias, de quem recebeu telefonema antes do ano novo. O petista teria
informado ao governador que iria viajar para a festa de réveillon e na
volta entraria em contato.
Mesmo sem terem discutido a relação, Wilson Martins não poupou críticas a
decisão de Wellington Dias. "O senador decidiu abandonar a base,
discrepar de todos os partidos que ajudaram a elegê-lo e se juntou com
adversários que criticam o projeto que ele ajudou a criar para
desenvolver o Piauí", criticou o governador, que reafirmou o interesse
de continuar no cargo até o fim do mandato", afirmou.
Futuro
O governador ainda reafirmou que pretende ficar no cargo até o fim do
mandato, em 31 de dezembro de 2014. Mesmo assim, o gestor deixou em
aberto a possibilidade de sair do mandato no final de março, para
viabilizar uma eventual candidatura ao Senado. Se isso ocorrer, ele será
adversário de João Vicente Claudino, que tentará a reeleição.
"A perspectiva do governador Wilson Martins é de cumprir o seu mandato
até 31 de dezembro", disse Wilson Martins, perguntado duas vezes sobre o
assunto nesta quarta-feira (2).
Wilson Martins informou ter recebido uma delegação de partidos que o
incumbiram de coordenar a base das eleições de 2014. "Essa coordenação
pode se dar com o governador tanto dentro como fora do governo", disse o
gestor, deixando em aberto a possibilidade de mudanças no rumo das
decisões políticas.
Vice mantém apoio
Pré-candidato a governador em caso de renúncia de Wilson Martins, o
vice-governador Antônio José Moraes Souza Filho (PMDB) afirmou que seu
partido não se incomoda com a posição do governador em seguir no cargo.
"Eu fico no meio desses partidos que dão apoio a candidatura dele. Isso
nós vamos decidir lá na frente, nós estamos começando (a discutir)
agora", declarou. "O PMDB não vai deixar de ser aliado do governador em
qualquer decisão que ele tomar. Essa é uma posição pessoal do
governador".
Para o pmdebista, o candidato da base governista será o que reunir as
melhores condições antes do pleito. "Hoje o grande entendimento de todos
nós é que seja um partido e uma pessoa que esteja comprometido com o
modelo e a gestão que está mudando o estado do Piauí".
Rayldo Pereira (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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