O autônomo José Nilton de Aquino,
18 anos, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira(12) em sua
residência no bairro Vermelha. No quarto onde estava apresentava um
cenário macabro. A vítima espancada e morta com um tiro no rosto, tinha
uma santa enfiada na boca, uma bíblia, uma coroa de flores ao seu lado e
açúcar ao redor do seu corpo.
Durante a
tarde, dois suspeitos foram presos. Um deles foi identificado como
"Fuscão", 31 anos, e o outro é um jovem que alegou ter 15 anos de idade -
dado ainda a ser confirmado. De acordo com o capitão Sousa Marques, do
1º Batalhão da Polícia Militar, os dois alegam inocência, mas foram
apontados por testemunhas.
Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
A
polícia ainda procura os suspeitos identificados como Josafá e
"Cérebro". Uma mulher também está sendo investigada por possível
participação no crime.
O crime
Havia manchas de sangue na parede e no chão. Até o animal de estimação, um gato Fissura com quem ele dormia, foi morto.
A
irmã de José Nilton, J.C.A.S., de 14 anos, afirma que seu irmão era
usuário de drogas há dois anos e pode ter sido alvo de uma rixa por
motivo banal.
“Ele morava sozinho aqui, mas
durante as tardes geralmente vinham amigos dele para cá. Ontem ele se
desentendeu com o Cérebro e o Neguim, que são lavadores de carro, por
causa de uma chinela, acho que pode ter sido eles”, suspeita a
adolescente.
Marilene, tia de Xixá
Ela
garante que o irmão era pacato e chegou a lhe dizer que os dois estavam
lhe acusando por algo que ele não fez. E se ele tive feito confessaria a
ela.
A tia da vítima, Marilene de Aquino, afirma que há três suspeitos do crime, entre eles, um familiar.
Os
familiares acrescentam que a bíblia e a santa eram do José Nilton que
tinha a imagem como proteção dele. A irmã da vítima há pessoas que
pretendem vingar a morte de seu irmão. “Nós da família queremos justiça e
já me disseram que vão matar quem fez isso com ele”, declarou.
Polícia Militar
De
acordo com a Polícia Militar, José Nilton era conhecido como Xixá,
morador de rua e fazia parte da gangue Esporão de Arraia. O major Jorge
Lima, da assessoria de comunicação, disse que ele foi morto com pelo
menos um tiro de arma artesanal e foi encontrado com o corpo coberto de
sangue.
“As informações que colhemos é que ele
pode ter sido morto por membros da própria gangue, por
desentendimento”, destacou o militar.
A suspeita é que Xixá já teria passagem por tráfico.
Flash de Carlos Lustosa
Redação Caroline Oliveira