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Jornal da Globo, da Rede Globo, apresentou na noite desta quarta-feira
(29) uma reportagem criticando a falta de vigilância na área de
segurança do Aeroporto Petrônio Portela em Teresina.
A equipe de reportagem registrou flagrantes de pessoas em cima do muro
do aeroporto e de adolescentes que chegam a invadir o terreno próximo à
pista de pouso para recuperar pipas.
Imagem: Reprodução Crianças se arriscam cruzando a pista de pouso do aeroporto para recuperar pipas.
A Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, responsável por fiscalizar os aeroportos, disse que vai apurar o caso e que pode punir o operador do aeroporto com sansões e até restrições. Segundo especialistas em aviação civil, esteé um problema grave, e que se o mesmo não for resolvido, o aeroporto pode até ser fechado.
Confira a reportagem na íntegra!
No aeroporto de Teresina, crianças atravessam a pista principal para recuperar pipas. Quando uma pipa é cortada, jovens e até crianças pulam o muro para o gramado ao lado da pista de pouso e decolagem. Esperam os aviões passarem e depois correm. Chegam a atravessar a pista para conseguir o que querem.
Em um flagrante, feito nessa terça-feira, nossa equipe flagrou três pessoas em cima do muro do aeroporto. O vigilante chega a conversar com o grupo, mas ao sair, uma delas das pessoas invade a área de segurança e pega tranquilamente a pipa.
Em outra cena, um jovem retira da roupa um objeto semelhante a uma faca e parece ameaçar alguém. Pouco depois, o segurança volta ao local, e eles continuam em cima do muro. Não se intimidam, voltam a invadir o terreno do aeroporto.
Sidney tem dezenove anos. Ele reconhece que já pulou o muro do aeroporto várias vezes. “Medo a gente tem, mas tem que pegar a pipa”, diz.
Em nota, a Infraero explica que as restrições de circulação de veículos na área da pista retardam a chegada da vigilância, durante as invasões.
Já Agência Nacional de Aviação Civil, responsável por fiscalizar os aeroportos, disse que vai apurar o caso e que pode punir o operador do aeroporto com sansões e até restrições.
Especialistas em aviação civil explicam que se o problema não for resolvido, o aeroporto pode até ser fechado. “Este tipo de ocorrência é impensável em um aeroporto de uma capital. Nós vimos ali diversos riscos, que vão desde a possibilidade de ingestão, por parte da turbina de um avião a jato, de uma pipa. Até mesmo o arremesso de uma pessoa pela força das turbinas em uma decolagem, o que pode ser obviamente fatal”, diz Raimundo Neiva, especialista em segurança aérea.
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