Uma mulher identificada como Ana Keila Gondin, 34 anos, foi morta e
Anderson Bruno Oliveira do Nascimento foi baleado no pescoço na casa
dela, no residencial Teresa Cristina, na zona Sul de Teresina, por volta
das 22 horas. O principal suspeito foi identificado como um soldado da
Cavalaria, Francisco Antenor de Freitas, ex-marido da vítima.
O filho da vítima, de apenas dois anos, viu quando o suspeito disparou pelo menos cinco tiros contra sua mãe.
De
acordo com o delegado Francisco Baretta, coordenador da Delegacia de
Homicídios, o militar estava separado da mulher, mas não aceitava o fim
do relacionamento. Na noite de ontem, o dono da casa onde ela morava de
aluguel pediu ao irmão, Anderson Bruno, para deixar um material
hidráulico na residência, onde começariam uma obra.
“Autor
foi na casa da vítima e coincidentemente viu Anderson Bruno que tinha
ido deixar um material de instalação hidráulica e foi dizendo: Ah! É tu
que tá tendo um caso com ela (sic) e deu dois tiros: um atingiu de
raspão no pescoço e o outro no ombro, mas ele se fingiu de morto. O
acusado ainda deu vários chutes para ver se ele estava morto mesmo,
depois foi até o quarto e deu um tiro no olho que saiu na nuca, um no
peito, uma faixa de uns cinco tiros, na frente de uma criança do sexo
masculino de dois anos”, descreveu a cena o delegado Baretta.
O
garoto só foi retirado após a chegada da polícia e o levou para casa de
vizinhos. Após ser autuado na Central de Flagrantes o militar foi
recolhido no presídio militar.
Lei Maria da Penha
Em
depoimento na Delegacia de Homicídios, familiares da vítima disseram
que Ana Keila já havia feito vários registros na Delegacia da Mulher
contra o ex-companheiro e que havia uma medida protetiva que ele não
poderia se aproximar dela.
O casal estava
separado há cerca de cinco meses, depois de passarem pouco mais de dois
anos juntos. “Segundo depoimento do irmão, ela havia deixado ele porque
era um homem muito violento e estava descumprindo a medida protetiva de
ficar longe dela. Das 21 horas até a hora do crime, ele fez 21 ligações
para o celular dela”, destacou o delegado.
Corregedoria da PM
Na
Corregedoria da Polícia Militar não consta nenhuma ocorrência contra o
soldado lotado na Cavalaria. As duas armas que ele possuía foram
apreendidas: pistola ponto 40 de propriedade do Estado e um revólver 38
particular.
Durante
a prisão, acompanhado de um advogado, ele se reservou ao direito de
permanecer calado e só vai falar em juízo. “Vamos abrir um processo
administrativo para saber se ainda há condições dele permanecer na
corporação”, disse o corregedor adjunto, tenente coronel Ricardo Lima.
Caroline Oliveira
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