Uma semana após declarar que o
ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) só teria uma forma de subir ao poder,
que seria se candidatando a vice na chapa de Zé Filho (PMDB), João
Madison (PMDB) voltou atrás e disse que sua declaração não foi dada com
"intuito de prejudicar". Mas todos os acordos dependerão diretamente da
decisão do governador Wilson Martins (PSB).
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

O
PMDB não quer descartar um eventual apoio dos tucanos em caso de
segundo turno. "Apenas falei que temos a candidatura normal no partido.
Se o governador Wilson Martins sair [para se candidatar ao Senado], que é
direito dele, teremos candidatura própria e é natural que defendamos
isso. Em nenhum momento fiz críticas a Sílvio Mendes. Queremos é o PSDB
junto do PMDB e o PSB para enfrentarmos a dura batalha das eleições. Não
há nenhuma possibilidade do Zé Filho assumir e não ser candidato. Ele
já disse que não aceita ser vice. Tenho grande respeito a ele e só Zé
Filho pode dizer se desiste. Ficaria muito ruim para o PMDB. Se por
ventura não acontecer, vamos pensar no segundo turno. Ele pode sair
candidato e o PMDB também e depois conversarmos. Sempre cumpri minha
palavra e sabemos que no PMDB há pessoas que tem suas posições e se eu
disser que vou cumprir eu cumpro. Se o PMDB tomar uma decisão, eu
cumprirei", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí.

Dentro
do PMDB, é certa a saída do governador para disputar o Senado e João
Madison tem como "obrigação" apoiar Wilson Martins, já que está tendo
seus pleitos atendidos pelo governo. Para ele, é também uma forma de compensar
o fato de não ter votado em Martins no primeiro turno de sua candidatura em 2010.
o fato de não ter votado em Martins no primeiro turno de sua candidatura em 2010.
A
posição de impor a candidatura de Zé Filho persiste. Porém,
admitindo-se o fato de Wilson decidir permanecer na cadeira, o PMDB deve
rever sua estratégia, principalmente se o candidato do governador for
Sílvio Mendes.

"Aí
o quadro é totalmente diferente. Temos que analisar e ouvir o partido
como um todo. Não quero externar minha posição para não criar mais
problemas, como já esta sendo criado. O PMDB tem que tomar uma decisão
madura e que todos possam assumir. Já caí nesse erro de apoiar
candidatura diferente do partido e me arrependi. Apoiei João Vicente no
primeiro turno e só fui apoiar Wilson Martins no segundo turno. Por isso
tenho a obrigação de votar no governador. Sou humano e reconheço os
erros. Tenho conversado com o governador e ele acha que temos que baixar
as armas e buscar entendimento e é isso que estou fazendo aqui. Temos
um relacionamento antigo com o PSDB e quem sabe se o Sílvio não possa
ser o candidato e o PSDB indique outro candidato e o PMDB possa indicar o
vice... Tem várias vertentes que a gente pode conversar", finalizou.

Leilane Nunes






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