Por
consequência da obra do Porto de Luiz Correia, no passado chamado de
Amarração, devido a quantidade de barcos pesqueiros que se amontoavam
naquela praia, os pescadores e foram mais de dois mil, mudaram suas
ações pesqueiras para o município de Camocim, ou mais precisamente para o
Vale do Timonha.
Com
o projeto do porto de Luiz Correia, até mesmo o projeto do IPECEA,
desandou e hoje não mais funciona. Dali, eram exportados camarões,
lagostas e caranguejos, todos com destino ao Ceará e de lá para o
mercado exterior, pelo porto do Mucuripe.
Trago
à baila este tema devido algumas informações que entendo que a nossa
desinformada e despreparada classe política precisa saber, ou melhor,
conhecer.
O
Porto de Luiz Correia, tem sido um nó górdio para todos os piauienses,
especialmente àqueles de boa cepa, afinal, há mais de um século que
espera-se a conclusão desse sonho, até aqui não realizado, devido a
incompetência de nossos políticos a cada governo que se sucedeu nesse
estado. Um tema muito discutido nesses anos seguidos e debatido
exaustivamente, naturalmente devido o descaso ou omissão de quem tem
mais responsabilidade sobre esse tema, os governadores e as bancadas
federais que se sucederam nesse estado.
Hoje,
o Piauí vive o drama da decepção, com as notícias de que os recursos
destinados à construção do nosso sonhado porto de mar, não vêm sendo
aplicados dentro das normas ortodoxas que norteiam a administração
pública. Comprovadamente o dinheiro é desviado de forma ladra e
irresponsável, segundo informações terríveis que correm nos bastidores.
Mas,
diante desse quadro de desesperança que cerca a difícil construção do
porto de Luiz Correia, estamos trazendo duas informações que
consideramos importantes, para o futuro do nosso comércio marítimo entre
o Piauí e o resto do mundo, tão logo venhamos a concluir esse tão
difícil sonho.
No
primeiro ponto, opinar ou sugerir aos homens do poder, governador,
senadores, deputados federais, que devolvam o porto de Luiz Correia aos
pescadores e o transforme-o num polo pesqueiro de qualidade acoplado a
uma marina, para atender à futura rede hoteleira que deverá se fixar na
orla marítima de Luiz Correia. Isso por um motivo sério, técnico, e, de
difícil solução. Não conseguiremos um calado superior a 10 metros mesmo
avançando o porto por 4 ou 5 quilômetros mar adentro, em Luiz Correia.
Diante dessa dificuldade o melhor será partir para esse novo projeto.
Para
o segundo ponto, a informação mais importante: por que insistir com o
projeto, quando o que está feito está inservível e destruí-lo vai ser
mais difícil do que concluir envelopando toda obra como pretende o nobre
secretário Avelino Neiva? O bom senso está exigindo dos governantes e
responsáveis pela construção do nosso Complexo Industrial Portuário de
Luiz Correia, que mudemos o projeto e também, o seu destino. Para não
destruir o que está feito, transformá-lo num porto pesqueiro e uma
marina para receber barcos de turismo e navios de pequeno e médio porte.
O
Porto marítimo do Piauí deve ser deslocado para o município de Cajueiro
da Praia, na extrema com Camocim, no conhecido e discutido Vale do
Timonha, onde o pequeno rio do mesmo nome, já contribui com um calado
natural de 11 metros, facilitando a ancoragem de navios de grande porte,
com o aprofundamento do molhe do novo projeto.
Esperamos
que o governador Wilson Martins e o seu secretário de obras Avelino
Neiva, meditem, reflitam, em cima dessa proposta, pois devolveremos aos
pescadores do Piauí, o seu porto pesqueiro, uma riqueza que foi
transferida para o estado do Ceará, devido a inconsequência de construção do porto em área não definida tecnicamente como a ideal.
O
novo porto a ser construído, ao invés de envelopar por cima as
ferramentas expostas e o triste canteiro de concreto mal acabado, que
seria o nosso porto, partir para que o novo projeto, seja construído,
nesse novo ponto certo, correto e estratégico, para uma definição desse
sonho que precisa ser concretizado, mas, agora, no Vale do Timonha,
entre Cajueiro da Praia e Camocim.
jogo aberto
0 comentários:
Postar um comentário