Parnaíba, não obstante o ufanismo besta de alguns, comprovadamente é só
mais uma cidade cheia de mazelas, onde o povo paga pela omissão,
indiferença e incompetência de seus governantes. Ela continua carente de
afeto, de afago; com as pessoas desprezadas, entregues a seu próprio
destino, quando se sabe que cuidar das pessoas deveria ser a ação
principal do gestor público. Cuidar de forma humanizada, da mesma
maneira como gostamos de ser tratados em nossas relações pessoais.
As manchetes dão conta de que "crianças disputam carniça com urubus, para comer em Parnaíba".
Como aceitar isso? Mas aqui na terrinha, sem matadouro público, a
população consome carne sem inspeção, em alguns situações em condições
que se aproximam disso.
Do outro lado uma ligação telefônica dá conta de que zeladoras estão 3
meses sem receber salários, prestando serviços na Escola Municipal
Godofredo de Miranda, porque a tal empresa "JR Prestadora de Serviços",
terceirizada da Prefeitura, nega-lhes o direito de receberem pelo
serviço prestado. E por que a prefeitura ainda mantém vínculo com essa
empresa, depois de tantas denúncias e comprovações de que ela é
inidônea? Sim, não tem idoneidade a partir do momento em que se nega a
pagar os direitos dos funcionários...
Não, não quero crer que Parnaíba não seja capaz de escolher alguém para
gerenciá-la, com o compromisso de olhar as pessoas como seres humanos.
Que não se importe tanto com índices, com números, que revista tal
destacou a cidade como a melhor do mundo. Tudo isso é ilusão. Ouro de
tolo. Do meu lado as pessoas continuam abandonadas, sem água para beber,
quando o rio Igaraçu corre lépido e fagueiro, quase à nossa porta.
Aliás, nestes 10 meses de nova gestão, o que mudou na vida das pessoas,
moradoras de bairros como Ilha Grande, Portinho e Pedra do Sal, que
durante 8 anos da gestão José Hamilton foram totalmente abandonadas? Ah!
Mas este é um assunto para outra oportunidade.
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