A continuidade da greve dos
trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), que completa 23
dias nesta quarta-feira, 09, será decidida pelo Tribunal Supremo do
Trabalho (TST). Em sessão extraordinária às 14h30, o Supremo irá julgar a
ação de dissídio coletivo solicitado pela empresa. Com a greve, mais de
400 mil correspondências estão paradas na sede da ECT.
O sindicato reivindica um reajuste, que somado às perdas salariais
desde 1994 e à inflação, chega a 42,13%. Por outro lado, a ECT
apresentou uma proposta de 8% de reajuste salarial, que foi aceita por
oito sindicatos. A empresa protocolou junto ao TST um pedido de extensão
da proposta aos demais sindicatos.
A proposta da empresa foi rejeitada pela Federação Nacional dos
Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT)
e, segundo o presidente do sindicato dos Trabalhadores dos Correios do
Piauí, José Rodrigues, a greve está mantida e o quadro de paralisação no
Estado continua estável, com muita adesão do setor operacional. "Temos
muita preocupação porque nossa greve será decidida pelo supremo e,
infelizmente, não temos nenhuma confiança no judiciário", afirma o
presidente.
Os Correios estão trabalhando com serviço extraordinário e
realizando mutirão de entregas aos finais de semana, é o que afirma a
Diretora Regional da ECT, Joana D'arc. Segundo ela, somente no último
final de semana foram entregues 238 mil correspondências simples
(envelopes, contas, boletos) e quatro mil encomendas de maior porte.
Pelo menos duas cargas de correspondências estão paradas na sede da
empresa. De acordo com a diretora regional dos Correios, cada carga
corresponde a uma média 200 mil objetos. "Estamos trabalhando no sentido
de agilizar essas entregas, mas acreditamos que amanhã, após do
julgamento, a situação já esteja normalizada", diz Joana D'arc. Muitas
pessoas reclamam de não receber boletos das contas.
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