O Conselho Regional de Medicina (CRM) cancelou o registro
provisório de todos os médicos estrangeiros que chegaram ao Piauí na
primeira etapa do "Mais Médicos" - programa do Governo Federal, que tem
causado polêmica entre os profissional.
Registro da chegada dos médicos em setembro
O motivo, segundo informou a assessoria do CRM é que os médicos não
têm o Revalida, teste exigido para atuar no Brasil. Além disso, segundo
o órgão, o governo federal não deu garantias de que os estrangeiros
serão acompanhados regularmente por tutores, como foi anunciado pela
presidente Dilma Rousseff (PT), para justificar a não necessidade do
Revalida.
O presidente do Conselho, Emanoel Fontes, declarou que há denúncias
de irregularidades na atuação dos estrangeiros por todo o Brasil,
relacionadas principalmente à prescrição de medicamentos e ao
desconhecimentos de remédios populares, considerados básicos no país.
Emanoel acrescentou que o CRM não liberará o registro dos médicos
que chegaram no último sábado (26), pela segunda etapa do programa. "O
registro deverá ser expedido diretamente pelo Ministério da Saúde. Agora
a pergunta é: em caso de erro médico, qual será o posicionamento do
governo federal? Vai deportar o autor do erro?", questionou.
O presidente acrescentou que o CRM não irá se responsabilizar pelos
erros cometidos por médicos que não possuem o registro, mas garantiu
que continuará fiscalizando as ações.
Trabalho escravo
Outra reclamação do CRM é com relação às condições de trabalho dos
profissionais estrangeiros, que não têm garantias trabalhistas, recebem
cerca de 10% do que será pago ao governo cubano e são proibidos de
mudarem de cidade, além de atuarem em regiões desprovidas de estrutura. A
situação é considerada "trabalho escravo".






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