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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Dólar fecha abaixo de R$ 2,20 após decisão do Fed

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A aguardada decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) fez o dólar recuar de forma consistente em todo o mundo nesta quarta-feira, 18. Ao manter em US$ 85 bilhões o programa mensal de incentivos à economia, o Fed surpreendeu boa parte do mercado e disparou um ajuste de posições. No Brasil, o dólar caiu desde a abertura em meio aos leilões do Banco Central brasileiro, mas o anúncio do Fed fez a moeda desabar 2,97% e encerrar a R$ 2,1920. É a menor cotação de fechamento desde 26 de junho de 2013, quando valeu R$ 2,19.

Com o movimento deste pregão, o dólar acumula baixa de 8,02% neste mês. Na máxima do dia, atingiu R$ 2,2530 (-0,27%) e, na mínima, perto do fechamento e após a decisão do Fed, marcou R$ 2,1910 (-3,01%). No mercado futuro, o dólar para outubro tinha baixa de 3,07%, a R$ 2,1935.

O dólar caiu de manhã influenciado pelos leilões de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) do BC. Ao vender o lote total ofertado, que resultou em US$ 3,215 bilhões, o BC manteve ampla a oferta de divisas e, por consequência, a desvalorização da moeda dos EUA.

A decisão do Fed amplificou o movimento. A maior parte do mercado esperava que a redução do programa de compra de bônus do Fed, que injeta US$ 85 bilhões por mês na economia dos EUA, começasse neste mês. Como os estímulos foram mantidos, os investidores passaram a ajustar posições.

"O mundo inteiro estava olhando para o Fed. E como não houve mudança, quem tinha aposta de que haveria redução dos estímulos começou a se desfazer de posições", comentou um operador de câmbio de um banco. "Quem estava muito posicionado no fim dos estímulos agora precisa mudar isso. O mercado se antecipou, chutou no escuro e agora desarma isso", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

Os ajustes ocorreram principalmente no mercado futuro. Perto das 16h30, o giro à vista era de US$ 671,5 milhões conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o giro era de US$ 20,256 bilhões.

Apesar de o dólar terminar abaixo dos R$ 2,20, operadores disseram que a cotação deve buscar uma nova taxa de equilíbrio. Para Sidney Nehme, economista da NGO Corretora, a tendência é que a moeda flutue entre R$ 2,20 e R$ 2,25.

"O que inibe que o dólar caia mais é que os importadores entram comprando. E os exportadores esperam que a taxa suba um pouco, o que segura as entradas", avaliou. "Na verdade, o cenário continua adverso, mas a perspectiva melhorou. Com a saída do (ex-secretário do Tesouro Lawrence) Summers da disputa para substituir Ben Bernanke no comando do Fed, a retirada dos estímulos deve ser moderada", acrescentou Nehme.

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