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domingo, 8 de setembro de 2013

Com medo da violência, cidade do PI para depois das 18h

Antigamente as cidades pequenas do interior eram sinônimo de lugares pacatos, onde o índice de criminalidade tinha nível quase zero. A cidade de Antônio Almeida, localizada a 401 km ao Sul de Teresina, é o exemplo de que esta realidade hoje é bem diferente. Além dos crimes, a droga que a pouco, parecia distante, faz cada dia mais parte da vida principalmente, dos jovens.
O município é um dos que abriga ponto da agência dos Correios, mas que, traz consigo o retrato da onda de assaltos e arrombamentos que vem sendo praticados nas cidades do Nordeste. Falar em segurança, em prédios com paredes de barro, portas trancadas apenas com cadeados e com vigilância apenas de um homem, que mal tem como se defender, é duvidar da inteligência do povo.
Pelo menos duas vezes, bandidos realizaram assaltos nesta agência. Dá última vez, o gerente chegou a ser ferido pelo nervosismo e agressividade dos arrombadores. Na mesma rua, fica um terminal, correspondente bancário do Bradesco, que recentemente foi alvo de criminosos, e que por pouco, não foi dinamitado, como reza o figurino do modus operandi desse tipo de quadrilha.
Imagens mostram a fragilidade das agências; paredes de tijolo de barro e porta travadas apenas com cadeadosImagens mostram a fragilidade das agências; paredes de tijolo de barro e porta travadas apenas com cadeados
Quanto aos comerciantes, o medo faz com que todos fechem seus estabelecimentos até às 18h. A cidade praticamente para e todos se recolhem em suas residências, temendo haver alguma tragédia. Quanto à droga, a realidade que parecia distante, já bate à porta e assombra os pais de jovens que não encontram na cidade nenhuma outra ocupação para gastar o tempo com atividades no mínimo educativas ou culturais.
Comerciantes fecham cedo com medo da criminalidadeComerciantes fecham cedo com medo da criminalidade
A droga que chega a Antônio Almeida é o crack, que já devastou famílias e hoje é considerada a droga de maior proliferação. Ela vem de Uruçuí, grande cidade da região e é um dos motores na onda de criminalidade, que ainda não é crítica em Antônio Almeida, mas já desperta a atenção.
Na delegacia da cidade, ninguém apareceuNa delegacia da cidade, ninguém apareceu
Em visita à cidade, o 180graus procurou as autoridades policiais do município, e ninguém foi encontrado. As informações, segundo vereador do município, é que pelo menos, durante todo o ano passado, a cidade ficou sem juiz, promotor e delegado, ou seja, fiscalização zero. “O apoio que temos é da cidade de Uruçuí, nossa regional atende a Guadalupe, muito distante daqui, o delegado mesmo, pouco fica no município, apesar de ter residência”, diz o vereador Fábio (PDT), que conversou com a nossa reportagem.
Vereador lamenta que o crack tenha chegado ao municípioVereador lamenta que o crack tenha chegado ao município
Ao passar pelo GPM, encontramos um prédio em péssimo estado de conservação, a porta fechada, parecia estar apenas escorada, e um vizinho nos indica: “Dificilmente você vai achar alguém aí”. Os moradores, ao falar sobre o problema, confessam o clima de insegurança, mesmo em um município de área territorial pequena e que abriga hoje pouco mais de 4 mil habitantes.
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REPÓRTERES: Apoliana Oliveira e Fábio Carvalho - Direto de Antônio Alme

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