A
arrecadação federal somou R$ 84 bilhões em agosto, alta de 2,7% frente
ao registrado no mesmo mês do ano passado, na comparação que exclui a
inflação do período.
Trata-se de um recorde histórico para o mês, informou nesta segunda-feira (23) a Receita Federal.
Com
isso, o valor recolhido em impostos no ano chegou a R$ 722,2 bilhões,
aumento real de 0,79% em relação ao mesmo período de 2012.
Segundo
a Receita Federal, o crescimento da arrecadação é resultado do aumento
da lucratividade das empresas, que impulsionou a arrecadação de Imposto
de Renda e de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
As
companhias do país pagam esses tributos com base em estimativas mensais
de lucro. De janeiro a agosto, a arrecadação decorrente dessas
estimativas subiu 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Esse
crescimento é forte e mostra um cenário de recuperação da economia”,
diz Luiz Fernando Nunes, secretário-adjunto da Receita Federal.
O
órgão reiterou a estimativa de que o total arrecadado com impostos e
outras contribuições crescerá 3% acima da inflação em 2013, a despeito
do baixo crescimento verificado nos oito primeiros meses do ano.
A
previsão, porém, não considera o efeito de eventuais parcelamentos das
dívidas com a União pelo programa “Refis da Crise”, aprovado pelo
Congresso Nacional e que aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff.
“A
partir de agora só teremos valores que interfiram positivamente na
arrecadação. Daí nosso entendimento que, mantido esse ritmo, os valores
negativos [do início do ano] influenciarão menos”, afirmou Nunes.
A
projeção de crescimento da arrecadação pela Receita foi revisada para
baixo no mês passado, seguindo o corte da previsão para a expansão do
PIB (Produto Interno Bruto) feito pelo Ministério da Fazenda, de 3,5%
para 3% em 2013.
O
desempenho da arrecadação relaciona-se com o avanço da economia, já que
o pagamento de impostos aumenta à medida que o faturamento das empresas
cresce. Como o PIB vem se expandindo pouco este ano, o mesmo acontece
com o recolhimento de impostos.
A
política de desonerações, implementada como forma de reanimar a
economia, também contribuiu para o arrefecimento da arrecadação em
relação ao ano anterior.
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