A possível instalação de uma CPI para apurar denúncias ligadas à
Petrobras foi criticada pelo senador Wellington Dias (PT). As denúncias
tem criado uma polêmica entre a base governista e a oposição. O
presidente do PMDB, Valdir Raupp, disse que a "guerra" política
pré-eleitoral provocou o vazamento de denúncia contra a sigla, revelada
pelo ex-funcionário da Petrobras João Augusto Rezende Henriques.
O
PSDB apresentou pedido na segunda-feira (12) para ouvir o
ex-funcionário da Petrobras João Augusto Rezende Henriques no Senado,
que revelou um suposto esquema de corrupção na Petrobras. Segundo
matéria da revista "Época", os pagamentos da suposta propina teriam
beneficiado a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e políticos
do PMDB. A reportagem também afirma que, na venda de uma refinaria da
Petrobras na Argentina para o empresário local Cristóbal Lopez, por US$
110 milhões, pelo menos US$ 10 milhões teriam sido pagos a lobistas
ligados ao PMDB.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o senador
afirmou que não há elementos suficientes para que a comissão seja
instalada e criticou o que poderia ser motivado por uma disputa
eleitoral.
"O que não vamos permitir é que se faça, pela disputa
eleitoral, aquilo que é instrumento do povo no Congresso. A quem
interessa a todo instante tratar de CPI da Petrobras? A casa semestre,há
o anuncia de uma criação de CPI para investigar a empresa", disse o
petista.
Wellington Dias afirmou que a eventual CPI é uma "intenção perigosa" de causar problemas nos negócios da empresa que vive um momento de "desenvoltura". "Ninguém aqui tem medo de investigação. Mas não queremos admitir que, em nome da transparência, se atinja os negócios da empresa como se busca fazer", disse o senador. Com informações da Folha de São Paulo.
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