O
aposentado Benedito Pinto de Abreu, 65 anos, foi detido por cerca de 3h
numa barreira de trânsito em Teresina, acusado de estar dirigindo em
estado de embriaguez. A família se revoltou, pois o aposentado é um
paciente que teve AVC (Acidente Vascular Cerebral) e sofreu sequelas na
fala. Os policiais do Batalhão Rodoviário Estadual, na Santa Maria da
Copidi, ao abordar Benedito ignoraram os apelos dele de que tinha
problema de saúde. Durante a abordagem, o aposentado chegou a se mijar
nas calças

O
incidente ocorreu por volta das 20h desta quinta-feira (1º) no posto
fiscal da Santa Maria da Copidi. Dois policiais abordaram o aposentado
que mora a mil metros do posto. Ao ser parado, Benedito que tem
dificuldade de falar, devido a uma disfagia, sequela do AVC, argumentou
que estava dentro da lei. Os policiais percebendo a voz alterada o
acusou de dirigir embriagado. A acompanhante do aposentado também
informou os policiais que ele tinha passado por cirurgia há dois anos e
que sua voz foi alterada devido a acidente vascular. Mesmo com os
argumentos dos dois, os policiais detiveram o aposentado e a
acompanhante no posto.
Sem
bafômetro no posto fiscal, o aposentado teve que esperar outra equipe
vir da rua para fazer o teste do bafômetro. A equipe do Cidadeverde.com
chegou ao local por volta das 22h. O aposentado estava aguardando a
chegada do subtenente Ricardo para fazer o teste. Por duas vezes, o
aposentado foi submetido ao exame e deu negativo.

O
subtenente informou a filha do aposentado, que acompanhava o incidente,
de que a polícia tem prerrogativa de abordar qualquer pessoa, em caso
suspeito. A universitária Fran Carvalho reclamou que ao chegar no posto
os dois policiais se recusaram a dar informações sobre a prisão de seu
pai.
“Tenho
o direito de saber qual a acusação contra meu pai. Tive que esperar o
sub tenente chegar para que a polícia me informasse sobre o ocorrido. A
abordagem feita foi agressiva e causou constrangimento”, disse Fran
Carvalho.

O aposentado informou ao policial que está há dois anos sem consumir álcool.
A família fará denúncia na Corregedoria da Polícia Militar e ajuizará ações por danos morais.






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